Sete profetas participaram do evento. Cada um tem sua técnica de observação da natureza para tentar prever como será o período de chuvas. Há quem leve em consideração a posição dos astros e as fases da lua e há quem observe os insetos, os pássaros e as plantas, entre outros sinais.
"A gente não está aqui para dizer que não vai chover, mas pelas minhas experiências essa quadra chuvosa será mais fraca do que em 2023", afirma Rodrigo Silvino, que observa o comportamento dos insetos.
Já Francisco Augusto da Silva estuda a posição dos astros baseado no Lunário Perpétuo, um almanaque ilustrado com xilogravuras que reúne em seu conteúdo assuntos de diversas áreas do saber. Segundo ele, a quadra invernosa será de chuvas localizadas: "A previsão é de chuvas variadas, em um canto sim e no outro não. Em alguns lugares ainda vai existir enchentes, mas localizadas. O inverno será desigual, com muita nuvem e pouca água. Vai criar muito gênero alimentício e pasto, mas para isso é preciso ter fé e acreditar".
Além das previsões baseadas na tradição popular, o evento abordou ainda os prognósticos da Funceme e de outros institutos de pesquisa, apresentados pelo professor Danúsio Souza. Segundo a Funceme, o Ceará tem maior probabilidade de chuvas abaixo da média durante os meses de fevereiro, março e abril.
O Encontro de Profetas da Chuva do Cariri é uma parceria entre o Instituto Federal do Ceará, o Sindicato de Trabalhadores Rurais do Crato e a Prefeitura do município, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Recursos Hídricos. A ideia é valorizar os conhecimentos tradicionais e os rituais que marcam a interação entre homem e meio ambiente.
Foto: Alissa Carvalho
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