As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira, 19 de janeiro de 2024, por meio do Sistema de Recursos Hídricos do Governo do Estado do Ceará, no auditório da Casa Civil, localizado no Palácio da Abolição, em Fortaleza.
Com a atuação do El Niño no Nordeste, meteorologistas e gestores já alertavam, em novembro passado, que este ano poderia abrir um novo período de estiagem severa no Ceará, sem reposição nos açudes devido à falta de chuva.
De acordo com o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, o oceano Atlântico está aquecido, mantendo a configuração de aquecimento do Pacífico, o que estabelece a condição do El Niño. “Aquecimento muito extenso no Atlântico. Eu nunca vi nessa extensão”, disse.
“Os modelos de previsão apontam uma alta variabilidade espacial e temporal na distribuição das chuvas no Estado. A tendência é de uma estação chuvosa mais curta para o Ceará”, informou o órgão.
Ou seja, os resultados indicam concentração dos principais acumulados de chuva entre os meses de fevereiro e março, sendo mais irregulares em abril e, principalmente, em maio.
A análise das condições atmosféricas e oceânicas, aliada aos resultados tecnológicos desenvolvidos para a previsão, além de modelos climáticos globais e regionais, foram utilizadas para a elaboração do prognóstico.
No Ceará, a quadra chuvosa sofre influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), enquanto a pré-estação pluvial — em dezembro e janeiro — é acometida por áreas de instabilidade.
Na categoria normal, isto é, em torno da média, o limite inferior de chuvas está previsto para 404,7 milímetros (mm) no Ceará, enquanto o superior para 523,1 mm. Os dados são para o primeiro trimestre da quadra chuvosa.
Fonte: O Povo
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