Ser pai e conseguir acompanhar o crescimento do bebê eram alguns dos maiores sonhos do sargento Valdi Barbosa, de 40 anos, que conseguiu, de forma inédita, seis meses de licença-paternidade na Polícia Militar de Pernambuco.


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Ser pai e conseguir acompanhar o crescimento do bebê eram alguns dos maiores sonhos do sargento Valdi Barbosa, de 40 anos, que conseguiu, de forma inédita, seis meses de licença-paternidade na Polícia Militar de Pernambuco.

Para concretizar o desejo, ele, que atua há 14 anos na corporação, e o esposo, o professor de inglês Rafael Moreira, de 41, optaram pela fertilização in vitro, com barriga solidária.

O casal mobilizou familiares, e a esposa de um primo do sargento foi a primeira a se voluntariar a ser barriga solidária. Foi realizada a fertilização in vitro com dois embriões, mas não deu certo.

Diante da situação, a irmã do sargento, Rosilene, se ofereceu para ser barriga solidária. Valdi contou que, além da dificuldade em encontrar uma barriga solidária, também teve que lidar com pessoas preconceituosas, que julgavam a irmã por ter feito o processo.

"Ser barriga solidária é um ato de amor muito grande, mas minha irmã também enfrentou comentários maldosos, preconceito. As pessoas dizendo que era incesto. O pessoal não entende e prefere criticar, não tinha vínculo genérico nenhum", lamentou o sargento.

Quando a irmã dele estava com três meses de gestação, o sargento entrou em contato com os superiores para falar sobre o desejo pela licença. O pedido passou por várias instâncias da polícia, pela Secretaria de Defesa Social e também pela Procuradoria Geral do Estado, na qual foi negado. “Foi quando eu entrei com a ação judicial no começo de junho de 2022".

“Foi uma alegria muito grande, porque a gente abriu precedentes como primeiro caso no estado de Pernambuco e acredito que no Brasil, para que outros casais homoafetivos masculinos que tenham vontade de construir família saibam que têm esse direito. Se a gente conseguiu, outros também podem conseguir”.

(Reprodução:@folhape)

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