Homem de 114 anos morre no Exu e deixa mais de 200 netos e trinetos


 Às quatro horas da tarde da última quinta-feira (14), faleceu o agricultor José Ferreira Campos, aos 114 anos de idade, no Hospital Municipal José Pinto Saraiva, em Exu, sertão do Araripe pernambucano. Natural do Crato, no Ceará, ele era conhecido como a pessoa mais longeva da região e por seu temperamento tranquilo e sociável. De acordo com sua família, ele teve 28 filhos e deixa mais de 200 netos e trinetos.

Zé Pequeno, como era conhecido, havia dado entrada no Hospital Municipal José Pinto Saraiva na semana passada com um quadro de infecção urinária. Ele chegou a se curar da doença na unidade de saúde, mas ao receber alta, teve um mal-estar causado por queda de pressão. “O médico pediu para ele continuar no hospital e foi necessário colocar sonda. No fim da tarde, ele fechou os outros e Deus levou. Não li os documentos, acho que foi a idade”, conta o professor Ronaldo Ferreira, um dos 28 filhos que Zé Pequeno teve.

Ronaldo ainda não sabe a causa da morte, mas consegue elencar as muitas causas da vida longeva que o pai teve. “Uma coisa que associo muito a ele é a vontade de viver. Trabalhou como agricultor até os 99 anos de idade e parou porque a gente não deixou mais. Ele ficava lá e a gente precisava levar café, almoço, tudo”, lembra. Um dia, voltando da roça, Zé Pequeno caiu e acabou cortando a cabeça. “A gente não deixou mais ele ir trabalhar. Acho que foi o momento mais difícil da vida dele”, diz Ronaldo.

O filho garante que, além dos remédios para a pressão, o pai não fazia uso de remédios de rotina nem tinha doenças crônicas. “Ele não comia comida requentada, nem carne que tivesse sido congelada. Também não comeu, durante sua vida, alimentos industrializados. Nos últimos anos, ele começou a gostar de picolé e pipoca, que a gente colocava em uma bacia para ele poder movimentar as mãos e essa era a fisioterapia dele”, lembra o filho.

Com Informações Diário De Pernambuco 

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