Segundo o Observatório da Erradicação do Trabalho Escr4vo e do Tráf1co de Pessoas, uma iniciativa conjunta entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a maioria das vítimas ao longo da última década tinha entre 18 e 24 anos, somando 763 casos, o que representa 22,35% do total.
O segundo maior grupo de vítimas é o de mulheres entre 25 e 29 anos, com 497 casos (14,5%). Por outro lado, as mulheres com 60 anos ou mais, e as com até 18 anos, constituem os menores grupos de vítimas.
Em 2023, das 222 mulheres resgatadas, 74 (33,3%) estavam distribuídas entre duas faixas etárias: metade tinha entre 25 e 29 anos, enquanto a outra metade estava na faixa de 40 a 44 anos, conforme dados do observatório da Rede de Cooperação SmartLab. Quando comparado ao número de homens resgatados (44.428 vítimas), fica claro que o número de mulheres resgatadas ainda é significativamente menor.
As estatísticas também indicam que pessoas com baixa escolaridade têm maior probabilidade de serem vítimas de trabalho escravo contemporâneo. Entre as vítimas, 15.976 (32,8%) não completaram a 5ª série do ensino fundamental, e 12.438 (25,5%) eram analfabetas.
Para denunciar situações de trabalho escr4vo, o Sistema Ipê, do governo federal, é o principal canal de denúncias anônimas. Também está disponível o aplicativo Laudelina, desenvolvido pela Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos, e pela Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), que permite o envio de denúncias sem a necessidade de uma conexão de internet de alta velocidade.
📸: Divulgação/MPT
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