Destes reservatórios, Cachoeira é o que possui maior volume, com 83%, seguido por Olho D’água (77%) e Pau Preto (76%). Outros seis açudes estão com mais da metade da capacidade: Prazeres (62%), Rosário (67%), São Domingos II (60%), Thomás Osterne (56%), Canoas (52%) e Coronel (57%).
Por outro lado, os açudes João Luís (Araripe) e Poço da Pedra (Campos Sales) são os que possuem o menor volume da região, com 9% e 7%, respectivamente. A Cogerh pontuou que, se as chuvas forem insuficientes em 2024, a atual média de volume dos reservatórios do Ceará (40,8%) precisará durar por todo o ano.
No início de janeiro, o governador Elmano de Freitas (PT) se reuniu com gestores dos órgãos estaduais responsáveis pela elaboração do plano de contingência para impactos do El Niño, e alertou para um cenário de seca com risco de desabastecimento hídrico em 2024. O governador garantiu, ainda, a elaboração de medidas a serem tomadas para contornar a seca iminente.
Sete profetas da chuva, oriundos do Cariri e do Sertão Central, apresentaram os prognósticos para o inverno de 2024 durante encontro no Crato. Mesmo com técnicas distintas, como a observação do céu, do solo, da vegetação e até da posição dos planetas, eles concordaram que faltará chuva no Cariri. “Esse ano vai chover pouco, uma chuvinha fina. Não vai dar esses legumes de vantagem, porque de noite a gente olha para o tempo e só vê estrela”, considera Valdemar Correia.
“Será um inverno variável, chove aqui e acolá”, aposta Augusto da Silva. Apesar do cenário desfavorável, a recomendação aos agricultores é uma só: plantar. “O agricultor não espera ninguém dizer que é hora do plantio. Choveu, planta. E se perder, Planta de novo. Precisa ter coragem e fé”, orienta o projeta Augusto da Silva, de 71 anos.
FOTO: Açude Valério
Fonte: Jornal do Cariri
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