Ao longo dos primeiros 41 dias deste ano, foram registrados mais da metade dos óbitos domiciliares por Covid-19 de todo o ano passado. Apenas entre 1º de janeiro e 10 de fevereiro, foram 175 mortes causadas pela doença e que ocorreram em casa, enquanto nos 365 dias de 2021 foram registrados 308 óbitos nessas circunstâncias. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) divulgado nesta sexta-feira, 11, e dizem respeito principalmente à Região Metropolitana de Fortaleza.
A maioria das mortes que ocorreu e foi atestada pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) neste ano foi de moradores da Capital (132), e, em seguida, está Caucaia (17). Em um dos casos, a Sesa informa que a pessoa residia em São Paulo. O SVO é um serviço estadual localizado em Fortaleza.
Há alguns fatores que podem ter influenciado nesse aumento de óbitos domiciliares por Covid-19 no começo de 2022. A ocorrência de uma epidemia de síndromes respiratórias — com a Influenza A como a mais grave delas — simultaneamente à pandemia de Covid-19, aponta Ricristhi Gonçalves, secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O outro aspecto destacado por ela é a ampliação do serviço do SVO móvel.
“A maioria desses óbitos domiciliares são em pessoas mais idosas, que já estão bem vulneráveis, têm comorbidades. E alguns deles tiveram Influenza ou coinfecção de Influenza e Covid-19”, afirma a secretária. “Se não juntas, uma após a outra. E isso também debilita muito a pessoa que está em casa e não busca atendimento”, complementa.
Mais da metade (92) desses óbitos ocorreu entre idosos com 80 anos ou mais. Ao incluir a população a partir de 60 anos, chega-se a um total de148 dos 175 óbitos domiciliares — ou 84,5% do total.
O Povo
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